O que pode nos instigar a obter mais, pode também nos trazer sofrimento.
Comparar o que vivenciamos com o que outros vivenciam, por um lado pode nos trazer culpa pela carência existente ao nosso redor e por outro pode nos deixar infelizes, já que nunca o que possuímos se iguala ao que os outros possuem.
As comparações são aprendidas desde cedo, quando ouvimos: olha, seu amigo ou seu irmão já consegue fazer isto ou aquilo, você ainda não. E mais tarde, na escola, as notas servem para mostrar a capacidade ou o esforço de cada um e é através dessa comparação que somos ensinados a competir.
Se nossa capacidade de concentração ou esforço for suficientemente boa, tiramos Dez ou perto disso. Do contrário devemos nos conformar com as notas baixas e seguir lutando para passar de ano ou desistir…
Cresci dentro de uma família amorosa e numerosa e a comparação que leva a competir estava sempre presente. Por si só essa atitude parece não prejudicar, fazendo parte do nosso andar aqui. Mas quando nos leva a um sofrimento calado, com o sentimento de estarmos prejudicando alguém por obter ou nos sentirmo-nos menos por não obtermos o que desejamos, devemos olhar para essa questão com profundidade:
- Porque essa comparação existe? É possível seguir realizando sem competir?
- Claro que sim! A formula é Aceitar a realidade ao nosso redor – seja ela de carência ou de muita riqueza – Entregar para a Divindade que habita em nosso interior qualquer julgamento que venha à nossa mente e escolher Perdoar.
Escolhemos perdoar para que a paz entre em nossa mente, tanto para a questão da culpa, como a questão em perceber riquezas que também gostaríamos de obter e não estamos conseguindo.
Só a partir da leveza que o Perdão nos proporciona é que abrimos espaço para conquistar ou vivenciar tudo aquilo que escolhemos, agora sem o sofrimento e os altos e baixos que a falta de perdão – culpa – costuma impor, dificultando tanto a realização como a permanência da mesma conosco.
Assim deixamos de realizar com base na culpa e medo de perder, para realizar com base na leveza do Perdão, sentindo a Divina presença do amor em cada momento do nosso dia.
As comparações serão desnecessárias pois sabemos agora que não ajudam a nos superar e realizar, só servem para tirar a nossa paz. O que realmente nos leva à diante é a ausência de comparações. Aí conseguimos ficar focados em nossos objetivos, seguros de que não estamos prejudicando ninguém e que as conquistas dos outros servem para atender necessidades deles, não às nossas.
Quando entendemos isso deixamos de idolatrar quem ostenta riquezas, para vivenciar a abundancia que está à nossa disposição a partir do exercício do Perdão.
O Perdão abre as portas para as realizações e a mente para a evolução!
- Anna Izabel Fagundes, autora dos livros:
RELAÇÕES DE AMOR SINCERAS – 33 dias para reflexão
A CULPA NÃO É SUA – Perdão, a Essência da Transformação
A COMUNICAÇÃO POR MEIO DO AMOR
O SEGREDO POR TRÁS DO SEGREDO
UMA NOVA LINGUAGEM – O Ego e a Essência